A indústria automobilística vive um momento bastante delicado no mundo inteiro - a aposta em países em desenvolvimento é um consenso entre a grande maioria das montadoras. E não só entre as montadoras. O mundo vira a cara pro BRIC, esperando que deles, saiam coelhos brasileiros, russos, indianos e chineses da cartola!
Sucesso na Europa, os supercompactos estão chegando ao Brasil. Até o fim do ano, os 3 principais modelos do Velho Continente terão representação e venda oficiais em terras tupiniquins. 3 carros, 3 montadoras européias de renome: BMW, Fiat e Mercedes. Vale enfatizar que são européias, pois nos EUA a coisa tá feia! O Salvador Obama falou que por ele, a concordata é a solução para a GM.
A aposta dos 3 modelos é, basicamente, design. Em sua concepção mais geral. Foram carros projetados para ter um forte apelo visual, baixa potência e baixo consumo de combustível. Cumprem a promessa com afinco. Mas valem o que custam?
A Mercedes divulgou esta semana o preço inicial do Smart no Brasil. R$ 57.900 na versão coupé, e R$ 64.900 na cabrio - respectivamente, com teto rígido e conversível. Na França, por exemplo, a versão coupé sai por 9.900 euros (R$ 30.432), já a conversível por 13.450 euros (R$ 41.345). Ignorando a comparação de valor entre as duas moedas, o carro no Brasil sairá por 5.85 vezes mais moedas locais do que custa na Europa.
Será que o design, neste caso, será capaz de agregar tanto valor assim, a ponto de justificar pagar-se aproximadamente R$ 60.000, por um carro 1.0, de apenas dois lugares? Nem mesmo os executivos que estão investindo nessa empreitada têm certeza.
Me parece mais uma atitude desesperada, do que um investimento pensado.
1 comentários:
Um amigo meu vai ficar puto com vc... http://menosemais.com.br/
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