Nunca neste país presenciou-se um crescimento tão vigoroso e estável. Construiram-se os alicerces, e parece que, enfim, estamos deixando de ser o País do Futuro para virar algo de que possamos nos orgulhar ainda enquanto vivos.
Exemplo claro dessa estruturação são os efeitos bem menos devastadores da atual crise econômica no Brasil, em relação às outras tantas que a cíclica economia capitalista já viveu. Não vejo com maus olhos esta crise, no ponto de vista do aprendizado que tivemos. Faz pouco mais de dez anos que vivemos a estabilidade econômica em nosso país, e estávamos nos mal-acostumando com uma oferta de crédito que já provou ser irreal, e talvez isso fique de lição.
Por todo o mundo, fala-se da economia real, e da necessidade de investir em produção, ativos reais, e não apenas em capital especulativo. Junte isso às maravilhas tecnológicas que não param de surgir dos centros de pesquisa em todos os cantos do mundo, e em breve - acredito eu - teremos uma nova conformação mercantil e industrial. Empresas voltando a se preocupar com seus ativos físicos, suas fábricas, novos produtos, investindo alto em pesquisas, para que seu valor de mercado seja pautado no que ela de fato é, e não no que os surtados de Wall Street dizem que elas valem.
No mercado, um consumo mais consciente, responsável. Não que o consumismo vá deixar de existir - ele faz parte da dinâmica capitalista. Creio que a banalização desaparecerá no pós-crise imediato, e depois voltará, ainda com mais força, após um período de retração de demanda. Porém, a busca será por produtos mais completos, sustentáveis, de alta tecnologia e baixo preço - até que a economia volte a permitir as banalidades e futilidades outra vez.
Independente do cenário, acho que os designers têm nas mãos uma chance única de envolver-se na esfera produtiva de maneira mais eficiente para o empresariado brasileiro. Deve-se ter agora, mais do que nunca, uma pró-atividade em relação à revisão de projetos visando a diminuição de etapas da cadeia de produção, aumento na agregação de valores, busca pela sustentabilidade, e outros aspectos que tornarão os produtos brasileiros mais adequados a um país em crescimento.
O Design Brasileiro, premiado mundo afora, terá um papel importante na evolução de nosso país que hoje tem sua economia baseada em commodities primárias, e que precisará de muito mais se quiser mudar para tornar-se um país desenvolvido de fato. Acho que é esta nossa missão como profissionais, e o mais perto que conseguirmos chegar disso, já terá sido de grande valor para nossa sociedade.
Exemplo claro dessa estruturação são os efeitos bem menos devastadores da atual crise econômica no Brasil, em relação às outras tantas que a cíclica economia capitalista já viveu. Não vejo com maus olhos esta crise, no ponto de vista do aprendizado que tivemos. Faz pouco mais de dez anos que vivemos a estabilidade econômica em nosso país, e estávamos nos mal-acostumando com uma oferta de crédito que já provou ser irreal, e talvez isso fique de lição.
Por todo o mundo, fala-se da economia real, e da necessidade de investir em produção, ativos reais, e não apenas em capital especulativo. Junte isso às maravilhas tecnológicas que não param de surgir dos centros de pesquisa em todos os cantos do mundo, e em breve - acredito eu - teremos uma nova conformação mercantil e industrial. Empresas voltando a se preocupar com seus ativos físicos, suas fábricas, novos produtos, investindo alto em pesquisas, para que seu valor de mercado seja pautado no que ela de fato é, e não no que os surtados de Wall Street dizem que elas valem.
No mercado, um consumo mais consciente, responsável. Não que o consumismo vá deixar de existir - ele faz parte da dinâmica capitalista. Creio que a banalização desaparecerá no pós-crise imediato, e depois voltará, ainda com mais força, após um período de retração de demanda. Porém, a busca será por produtos mais completos, sustentáveis, de alta tecnologia e baixo preço - até que a economia volte a permitir as banalidades e futilidades outra vez.
Independente do cenário, acho que os designers têm nas mãos uma chance única de envolver-se na esfera produtiva de maneira mais eficiente para o empresariado brasileiro. Deve-se ter agora, mais do que nunca, uma pró-atividade em relação à revisão de projetos visando a diminuição de etapas da cadeia de produção, aumento na agregação de valores, busca pela sustentabilidade, e outros aspectos que tornarão os produtos brasileiros mais adequados a um país em crescimento.
O Design Brasileiro, premiado mundo afora, terá um papel importante na evolução de nosso país que hoje tem sua economia baseada em commodities primárias, e que precisará de muito mais se quiser mudar para tornar-se um país desenvolvido de fato. Acho que é esta nossa missão como profissionais, e o mais perto que conseguirmos chegar disso, já terá sido de grande valor para nossa sociedade.
5 comentários:
Muito bom esse seu ponto de vista. Bom pra absorver agora. Talvez mais tarde eu tenha algo mais interessante a comentar. Mas bom, muito bom.
Concordo em parte com o que você diz sobre o futuro do mundo capitalista. Acho que depois desses últimos momentos, ficou claro que a economia mundial é uma simples corrente dessas que você junta amigos, bota dinheiro, junta mais amigos, e mais dinheiro, e uma hora ela arrebenta porque ou não tem mais amigo, ou não tem mais dinheiro. Se um detalhe dá errado, tudo vai pro espaço.
Sobre o futuro, vejo muitas coisas acontecendo que vão parecer ruins, mas que no longo prazo terão-se como boas, como por exemplo a diminuição do consumo mundial. No meu modo de ver, isso tem como consequência direta otimização das logísticas (e isso não quer dizer melhora de 5%, mas melhoras absurdas de 1000%). O planeta não suporta o mundo globalizado, aonde um rádio é produzido na China e vai ser vendido no Brasil, nos EUA, literalmente do outro lado do mundo. O planeta não suporta mais muita coisa, e uma crise como esta dá oportunidade para se repensar tudo, e realmente é uma ótima oportunidade para a área de inovação, mas, no meu modo de ver, não para criar novos produtos, mas criar novos serviços que supririam as necessidades - que existem, e essas não vão deixar de existir. Consigo ver um mundo mais a frente mais adaptado ao que o planeta suporta...
joão, talvez a sua opinião seja bem otimista... quanto ao lance de serviços, já estão implementando o uso de bicicletas em estações de metrô no rio. isso é um bom exemplo! mas é uma cópia da europa. temos necessidades bem peculiares que devem ser pensadas por nós, e aí sim conquistaremos espaço! acho que fiquei até um pouco otimista neste momento... é, dá pra enxergar um bom mercado para elaboração e implementação de serviços em um futuro próximo!
Acho que essa otimização logística, assim como a dos outros serviços, passa também pelas mãos dos designers na hora de projetar seus produtos.
Infelizmente, principalmente em países em desenvolvimento, o designer ainda tem um pensamento muito simplista, passivo - e projeta apenas aquele determinado produto que lhe é pedido, quando, na minha opinião, sua tarefa seria desenvolver um sistemas de uso para uma gama de produtos a serem desenvolvidos.
A metodologia do projeto, desde a concepção até a realização, deve contemplar o cenário em que o produto será utilizado, os produtos que interagem com ele, sua produção, seu descarte. O produto deve ser pensado, hoje, mais do que nunca, com todas as implicações que o João citou, de fora para dentro. A análise do impacto desse produto deve ser fator primordial.
E embora eu concorde que o consumo deve diminuir, faço uma ressalva que essa diminuição seria percapta, e não absoluta, uma vez que os índices apontam que o crescimento populacional mundial continuará, assim como o volume da produção - que mais uma vez, acredito que será de produtos mais adequados aos seus mercados.
http://www.unichem.com.br/videos.php
acho que esse video tem um pouco a ver com o momento em que passamos, no que diz respeito a processo produtivo e uma série de outras coisas... acho que todos deveriam assistir, sao 20 minutos muito bem gastos!
um abraçaO
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