6.1.09

Feliz (?) Ano Novo!

Todo início de ano é tempo de começar e/ou recomeçar. Recomeçar aquela dieta que você parou na ceia de Natal, começar a estudar, adotar novos hábitos no trabalho, organizar melhor a sua mesa, voltar pra academia e tudo mais que a gente promete quando o ano vira, na esperança de que este ano será melhor que o que passou.

2009 promete! Depois de um começo de ano de bonança, 2008 terminou com uma das maiores crises que o mundo já viu. E certamente, ela ainda não acabou. Muitas empresas que viviam de crédito, e que tinham seus produtos voltados, principalmente, para o mercado americano, que também vivia de crédito, ainda terão problemas. E esse é o pior da crise: a instabilidade e imprevisibilidade - ninguém quer arriscar porque ninguém sabe se alguma grande corporação vai amanhã anunciar que não dá mais. E a cada empresa que cair. o caos começa outra vez.

Início de ano é uma época boa também para fazer previsões. Economistas, Cientistas Políticos, Jornalistas Esportivos, a Mãe Dina...todo mundo faz previsão quando o ano começa. Uma loteria sem fim, já que até os mais venerados analistas não foram capazes de prever o caos de 2008.

Como aqui o assunto é design de mercado, vou dar também os meus palpites.

Acho que o produto do ano será o novo celular do Google, o G1 Android - um iPhone de 100 dólares que promete revolucionar o mercado da telefonia americana, ainda mais em tempos de crise. O smartphone da gigante da web promete usabilidade simplificada para todos que estão entre os smartphones executivos (blackberrys, palms e afins) e os smartphones para entretenimento (iphone e afins). Seu preço e a possibilidade de revolucionar mais uma vez a história da Google que agora quer ganhar dinheirto com publicidade toda vez que você atender o telefone - uma nova mídia para os gurus do marketing - podem ser decisivos para que o G1 Android desbanque o iPhone, mesmo sem o mesmo glamour. Acho que ao iPhone caberá o nicho que os computadores da apple tem hoje - aficcionados por tecnologia e segdores da marca.

Outro mercado que pode surpreender na terra do Tio Sam é o automobilistico. Não se sabe exatamente o que acontecerá durante a crise, os pacotes de bilhões de dõlares, os incentivos e a má gestão, mas o fato é que alguém terá que fazer alguma coisa, e embora o desenvolvimento de novos carros e tecnologias levem anos, podemos nos surpreender com a corrida pelo corte de custos e adaptação as novas tendências de mercado - embora a queda de preço do petróleo dê uma sobrevida ao carrões americanos.

No Brasil, acho que mesmo com a crise, manteremos o crescimento. Grandes empresas estão buscando mercados alternativas para escoar sua produção e manterem-se vivas, e os paises do BRIC (Brasil, Russia, India e China) são considerados portos-seguros para elas. Embora os bancos privados não tenham mais dinheiro para ceder crédito, e as taxas de juros de cartões e cheques-especiais já tenha subido, os consumidores continuarão comprando - em menor volume e com mais critério, mas continuarão comprando.

O aquecimento global não vai diminuir com a crise, portanto, investir em sustentabilidade ainda é um bom negócio. Nota-se uma curva crescente desses produtos, e embora eles ainda não sejam os preferidos da grande maioria, já são os queridinhos dos formadores de opinião pública, que querem ter sua imagem atrelada à responsabilidade.

A tendência é que os produtos sustentáveis ganhem o mercado assim que sua escala de produção aumente e seus custos baixem, e embora esses custos sejam mais altos do que os de outros produtos, uma hora teremos que pagar o preço do que fizemos com o planeta.

Para 2009, desejo a todos um feliz ano novo, mesmo que isso seja apenas desejar que a situação mundial melhore e que nossas empresas possam continuar crescendo e investindo em produtos que combinem inteligência e responsabilidade. Acho que essas são as duas principais coisas que devemos utilizar para projetar em 2009 - mais a cabeça e menos a natureza.

2 comentários:

Anônimo disse...

mais previsões...
As pessoas vão cada vez se tornar mais informadas sobre conhecimentos "inúteis", e finalmente manterão seus pneus dos carros com a calibragem certa, economizando $3.7 bilhões de dólares em combustível, só nos EUA, o que representa uma caralhada de petróleo a menos queimado na atmosfera, e por ae vai...

Unknown disse...

Minha previsão para o ano é que a Toro Rosso vai, de novo, desbancar a Red Bull e que, mesmo assim, Sebastian Vettel vai correr muito!